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     Ao pensarmos nos objetivos da escola é possível identificar que seu papel não deve se resumir ao ensino dos conteúdos, mas em propiciar o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes nos diferentes contextos da vida. Portanto, refletir e posicionar-se sobre o uso das drogas é parte integrante desse processo de desenvolvimento.

 

   Que estratégias escolares você considera importante para evitar estigmas e preconceitos com relação ao debate sobre tema das drogas na escola?

Para isso, educadores (professores, gestores, educadores especiais, etc) e familiares precisam se preparar para esta tarefa.

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      Vamos iniciar nossas reflexões pensando na seguinte questão:

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Que estratégias escolares você considera importante para evitar estigmas e preconceitos com relação ao debate sobre tema das drogas na escola?

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   Devido a sua complexidade e ao conservadorismo que o tema remete, sabemos que, às vezes, este assunto é deixado de lado no currículo escolar. Entretanto, o uso de drogas é um problema social que necessita ser tratado por educadores, pais e alunos.

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   A escola pode criar situações pedagógicas esclarecedoras e incentivadoras que proporcione aos alunos terem uma vida saudável, através reflexões sobre as drogas lícitas e ilícitas. Um dos caminhos para esse desafio é contar com a ajuda da família, para criar estratégias e colocá-las em prática, visto que, se torna mais difícil a escola enfrentar este problema social em conjunto com a família e a sociedade.

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Como podemos trabalhar com a prevenção do uso das drogas?

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Que outros temas podem ajuda na valorização da vida?

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Será que ao desenvolvermos conteúdos e atividades que visem a valorização da vida, tais como temas sobre inclusão/exclusão, cidadania, diversidade e pluralidade cultural podemos ajudar na prevenção ao uso de drogas?

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Que outros temas podem ajudar na valorização da vida?

   Nos conteúdos escolares, esta questão deve ser tratada como tema transversal, conforme aponta os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). O enfoque principal para o tema das drogas necessita estar nos cuidados com a saúde, pois aluno precisa conhecer o próprio corpo, seu funcionamento e cuidados necessários para uma boa qualidade de vida, assim poderá aprender a valorizar a sua vida e a do outro. O assunto sobre o uso de drogas pode ter mais sentido no processo de ensino e aprendizagem se abordado dentro dos conteúdos escolares. Nos links abaixo, você pode acessar os PCN (página 271) e ter mais detalhes sobre as reais dimensões do problema das drogas, assim como orientações sobre o seu tratamento didático.
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 http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf
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Na abordagem dos conteúdos escolares, o texto deste link: http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/cienciasexatas/files/2014/06/Amanda-Garcia-da-Silva1.pdf nos ajuda a pensar o tema das drogas no ensino de química. Vale a pena espiar!
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A cartilha sobre Drogas, elabora pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, para educadores, pode ser uma excelente fonte de ideias para o trabalho com o tema em suas aulas! Veja:  http://www.campinas.sp.gov.br/governo/cidadania-assistencia-e-inclusao-social/prevencao-as-drogas/cartilha_educadores.pdf
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   Atualmente nossos crianças e jovens estão iniciando o uso de drogas cada vez mais cedo, com isso ficam viciados, e amarrados a um sistema de criminalidade para adquirir a droga.  Diante disso, a sociedade também vive aterrorizada pelas ações criminosas, movidas em torno do tráfico de drogas, pois o viciado furta, rouba e mata para adquirir a droga. Conforme os resultados da terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar - PeNSE, realizada, em 2015, a partir de convênio celebrado entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e o Ministério da Saúde, com o apoio do Ministério da Educação

 

[...]9,0% dos escolares do 9º ano do ensino fundamental já usaram drogas ilícitas (maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança-perfume, ecstasy, oxy etc), sendo esse percentual de 9,5% entre os meninos e de 8,5% entre as meninas. Quando considerada a dependência administrativa da escola, os alunos de escolas públicas (9,3%) referiram com mais frequência à experimentação de drogas ilícitas do que àqueles de escolas privadas (6,8%). (IBGE, 2016, p, 61)

 

   Diante destes dados obtidos no endereço eletrônico (http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/pense/2015/default.shtm), a que você atribui o aumento no consumo de drogas? E se você perguntasse isso aos seus alunos, o que eles responderiam?

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Estratégias de prevenção

 

    O principal papel da escola é ajudar a prevenir o uso de drogas através do esclarecimento e orientações, mas isso não deve ser reduzido a mais uma tarefa cotidiana do educador. Desta forma, devemos enfatizar que os estudantes sejam responsáveis por suas ações, façam escolhas saudáveis e desenvolvam a autonomia.

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    O educador é essencial para o enfrentamento desta questão em razão de sua proximidade com os alunos. Nesse contexto, a construção coletiva do conhecimento, mediada pelo educador, pode proporcionar informações sobre os efeitos das drogas para o jovem, sua família e a sociedade. Diante disso, o educador precisa compreender as ações de educação para a saúde e se qualificar sobre o tema para enfrentar o preconceito sobre usuários e a falta de conhecimento específico sobre as drogas.

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   É fundamental orientar os alunos para os riscos existentes decorrentes da curiosidade de experimentar a droga e ter consciência de que os efeitos das drogas não são os mesmos para todas as pessoas ou em todas as ocasiões. Muitas vezes, a mesma experiência que foi agradável, e que não causou maiores problemas para uma pessoa, pode trazer riscos e danos para outra. 

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   Desse modo, a abordagem da questão das drogas é multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar, pois envolve ações de prevenção, tratamento, inserção social, redução de danos, estudos científicos, pesquisas, repressão ao tráfico. Nesse aspecto, o papel da educação refere-se à prevenção do seu uso indevido, sendo que o tema pode ser abordado por meio de diferentes áreas e conteúdos. Para isso, o educador necessita buscar constantemente conhecimentos científicos e novas práticas de prevenção às drogas, com vistas à conscientização dos alunos. 

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   Não se trata, de afastar os alunos de qualquer contato com as drogas, pois elas estão aí e fazem parte da nossa vida, mas podermos como educadores ensinar a conviver com esta realidade e ajudar os alunos a fazer escolhas adequadas para sua vida (ALBERTANI, 2013). Para isso temos que incentivar os nossos alunos a serem protagonistas de sua aprendizagem promovendo ações solidárias, organizando atividades, reuniões, etc. Além disso, é preciso se aproximar das famílias e trazê-las para a escola para que juntos possamos buscar soluções para este problema das drogas.

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REFERÊNCIAS E SUGESTÕES DE LEITURA:

 

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   Além desses dados estatísticos, de acordo com a matéria divulgada no Jornal El País, pela Jornalista Beatriz Borges em setembro de 2014  (http://brasil.elpais.com/brasil/2014/09/21/politica/1411333264_428018.html), o Brasil é considerado, pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos sobre as estratégias internacionais de controle de narcóticos, como a principal rota do tráfico de cocaína na América Latina, além disso é o segundo país maior consumidor da droga no mundo.

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Diante disso deste problema social, que tal propormos uma roda de conversa com nossos alunos?!

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Debater com eles sobre os prejuízos que o tráfico de drogas traz à população? Grandes números de homicídios, aliciamento de menores, grupos armados, são alguns exemplos do que o tráfico de drogas pode ocasionar.

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Vamos problematizar um pouquinho mais: porque o poder público proíbe o uso de drogas? Com este questionamento sua aula se tornará um grande debate!

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O que é droga e como são classificadas

 

  Sabemos que o uso de drogas é histórico, pois diversos povos utilizavam ervas e chás em cerimônias religiosas e tratamentos de saúde. O conceito de droga é extremamente amplo e seus significados abrangem tudo o que se ingere e que não constitui alimento, embora alguns alimentos também possam ser designados como drogas: bebidas alcoólicas, especiarias, tabaco, açúcar, chá, café, chocolate, mate, guaraná, ópio, quina, ipecacuanha assim como inúmeras outras plantas e remédios.

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   No plano médico farmacológico, droga significa remédio. Se droga é remédio, por que algumas drogas são proibidas e outras permitidas? Este pode ser o primeiro questionamento para gerar discussões mais profundas!

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    As drogas modificam a atividade do sistema nervoso central (SNC) e afetam a capacidade de funcionamento normal do cérebro, e consequentemente o comportamento do indivíduo. Isso acaba gerando um risco de uso abusivo da substância e desenvolvimento de um quadro de dependência.

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    A droga pode ser lícita quando seu consumo é permitido pela lei, como bebidas alcoólicas, tabaco, tranquilizantes; e ilícita, quando seu consumo é proibido pela lei, como cocaína, maconha, crack. As drogas psicotrópicas atuam diretamente no sistema nervoso central, transformando o funcionamento do cérebro, e atuando de três maneiras: deprimindo, estimulando e perturbando.

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   A droga provoca um prazer enganoso. Com o passar do tempo, o organismo passa a querer usá-la cada vez com mais frequência e em quantidades maiores.


   O jovem acredita que pode interromper o uso a qualquer hora e que as consequências negativas nunca irão ocorrer com ele. Porém, precisa estar ciente que qualquer droga vicia dependendo da quantidade que é usada (SOUZA; RUTGES, VALENÇA e ROSANELI, 2013).  

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    No site do CEBRID (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) é um núcleo inserido no Departamento de Medicina Preventiva - Universidade Federal de São Paulo, você pode encontrar folhetos informativos sobre substâncias psicotrópicas, tais como: álcool, cocaína, maconha, etc.

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http://www.cebrid.epm.br/index.php

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LEITURAS COMPLEMENTARES

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Programa de Redução de danos-RD: Conjunto de medidas com a finalidade de minimizar danos. Exemplos de atuação: distribuição de preservativos, seringas, realização de oficinas para usuários, por exemplo, oficina de confecção de cachimbo de bambu, orientação para usuários não fumar crack na lata, pois corre o risco de adquirir leptospirose, estratégias de redução de queimaduras labiais.

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Abaixo alguns links com materiais sobre o tema:

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Sugestões de vídeos sobre o tema:

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TÓPICO 3- DROGAS: ASSUNTO PARA O CURRÍCULO ESCOLAR?

Vamos passar para o segundo momento de aprendizagem deste tópico?

Agora que você já realizou as leituras, e assistiu aos vídeos é hora de colocar a mão na massa!

Vamos lá! Realize as atividades!

Clicle no arquivo PDF e terá as instruções das atividades. Também terá o conteúdo deste tópico do Curso para imprimir.

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